segunda-feira, 26 de abril de 2010

Avanços Tecnológicos e a Interação Virtual

Devido aos avanços tecnológicos, muitas pessoas não conseguem mais viver sem uma vida virtual, sem as facilidades e a interação que as novas tecnologias proporcionam.
Essa vida virtual se desenvolve em um espaço flexível onde não tem necessidade do homem fixo e tudo se resolve em questão de minutos com apenas alguns cliques. Dentro do Ciberespaço existe a Desterritorialização, um ambiente sem limites e sem fronteiras. Para se manter nesse espaço foi necessário criar a Cibercultura, como se adaptasse uma cultura para o meio virtual.
Mas o que é virtual? Para Lévy, o virtual não se opõe ao real, mas sim ao atual, pois o atual está acontecendo e o virtual é o atual que poderá acontecer. Nesse contexto também envolve a relação entre realidade e possibilidade.
Dentro do Ciberespaço as pessoas possuem várias identidades e dessa maneira se relacionam nessa grande teia virtual. As pessoas descobrem afinidades, trocam e têm acesso ilimitado as informações e adquirem conhecimento em massa, isso nada mais é do que a Inteligência Coletiva.
Não podemos esquecer que os avanços tecnológicos diminuíram a interação face a face que antigamente era maior entre as pessoas. Por outro lado, proporcionaram uma maior interação social e diminuíram as distâncias geográficas.


Por: Andressa Franco

domingo, 25 de abril de 2010

“Não existe vida melhor que se compare a imaginação”

Dentro de uma caixa vermelha com olhos, boca e nariz pitados de amarelo é onde está a exposição OSGEMEOS – Vertigem. Amostra dos artistas Gustavo e Otávio Pandolfo está exposta no Pavilhão de Vidro do Centro Cultural Banco do Brasil até o dia 16 de maio.
Com uma mistura de realidade e fantasia as obras interagem com os sentidos dos visitantes através de luzes, músicas, imagens, sons e etc. Em todas as obras é possível perceber a riqueza dos detalhes.
A parede quadriculada dá a impressão de que os personagens estão entrando e saindo dela e, em alguns momentos nós também temos a mesma impressão.
Os carros são um pouco rústicos, feitos de madeira e materiais simples, como bolinhas de gude, luzes, caixinha de música, tapete felpudo, pregos e etc. O primeiro carro parece uma boate ambulante, já o segundo parece um simples carro no formato do rosto de uma pessoa. Ele traz várias mensagens, entre elas: “...Não existe vida melhor que se compare a imaginação.” As mãos soltas quase no centro do salão dão a entender que estão completando a escultura do segundo carro.
O pássaro com braços e pernas de gente traz sentimento de espanto, pois o seu rosto é composto por olhos e bocas de pessoas que passam em um vídeo.
O barco, assim como os carros, também é uma escultura de madeira. Dentro do barco tem um farol e dentro dele tem uma câmera que proporciona a visão geral de toda a exposição. Ainda no farol, só que na parte de cima, tem uma luz que em um simples bater de palma muda de cor. Outra obra que também chama muita atenção são os cubos amarelos que aparentemente são simples, mas ao entrar os visitantes se deparam com uma espécie de caleidoscópio.
Uma confusão de sentimentos acontece ao entrar na simples casa que está com a torneira aberta, o forno ainda acesso e as contas para pagar. A música que toca dentro da casa dá uma sensação de tristeza e solidão que envolve os visitantes nesse ambiente humilde, mas bastante rico em detalhes.
Por: Andressa Franco.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A vertigem da arte

Vertigem, nenhum outro substantivo poderia traduzir melhor o que se sente ao apreciar as esculturas dos gêmeos Gustavo e Otávio Pandolfo. Na descrição literal, vertigem é sentir como se o mundo girasse ao seu redor, ou que você gira. A única pintura na exposição que esta no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) toma toda uma parede em quadrados vermelhos e azuis que dançam aos olhos do visitante e o estontea em suas figuras amarelas que parecem ser engolidas pela pintura, aliás, não só os homenzinhos poéticos do desenho são sugados, mas nós mesmos.

Essa brincadeira séria que guia o visitante para dentro das obras é grandiosa e humilde ao mesmo tempo. Um barco de cores vivas – tal como todas as outras esculturas – nos instiga a descobri onde esta oculta a câmera que proporciona visão periférica do salão. Câmera essa que é a sensação da criançada. Da mesma forma as duas aparentemente simples caixas amarelas causam fervor quando se descobre dentro um caleidoscópio gigante. Centenas de espelhos que multiplicam seu rosto e gesto em profundidade e luminosidade.

A rusticidade de algumas esculturas feitas em madeira e finalizadas em sua cor original, de um marrom puro de sua matéria prima, é enfeitada por objetos simples, como pequenas bolinhas de gude, tapetes felpudos onde se pode caminhar ou se deitar, latões, pregos e tantos outros que separados não representariam absolutamente nada, porém agrupadas numa balança perfeita de criatividade poética tornam vivos um rosto gigante, mãos e uma espécie de barco com rodas e teclas de piano onde é possível não apenas ver, mas sentir e ouvir sua arte.

A forma com que todos os sentidos e a imaginação são trabalhados ao se apreciar essas obras se intensifica a cada nova descoberta. No centro do salão esta uma escultura com forma de pássaro, pernas em formas humanas e na face um vídeo com olhos e boca que se expressão aleatoriamente e hipnotizam. Ao se dar conta o visitante já esta com a expressão facial espantada, desconfiada, acredito que às vezes meio enojada e até mesmo tentando imitar os movimentos visualizados.

O ápice dessa viagem certamente esta no ambiente que parece a casa de alguém solitário, tão rica em detalhes quanto em poder de aguçar os sentidos e sentimentos. Uma geladeira, uma cama, espelhos, bilhetes nas paredes, uma luz de neón que dança no ambiente ao som de uma música lenta que se repete. Esta e todas as outras obras dessa exposição são indiscutivelmente uma experiência quando se permite senti-las.

Com entrada franca e garantia de uma viagem ao que se tem de melhor na evolução brasileira da arte grafiteira, a exposição dos Gêmeos paulistas, intitulada Vertigem estará em Brasília, no Pavilhão de Vidro do CCBB, até o dia 16 de maio.

Por Thaysa Oliveira

domingo, 18 de abril de 2010

Hacker ou Cracker?

Muitas pessoas não sabem a diferença entre Hacker e Cracker, bagunçam tudo e acabam empregando o termo erroneamente. Utilizam os dois termos para dizer a mesma coisa e muitas vezes, até nem sabe da existência do segundo.
Antigamente os bandidos usavam capuz para se esconder, hoje eles se escondem atrás dos computadores. Para Juliano Freitas, estudante do ensino médio, “Hacker é bom, cracker é ruim”, mas a definição dos termos vai muito além disso. Cracker é considerado uma vândalo, uma pessoa fora da lei que usa seus conhecimentos para roubar dados, quebrar senhas e travas. Seja por dinheiro, por divertimento ou por fama.
Muitos Crackers ficaram famosos pelos crimes que cometeram na internet, entre eles estão: Kevin David Mitnick, Vladimir Levin, Mark Abene, Johan Helsingius e Kevin Poulsen. Atualmente já existem profissionais para combater os Carckers, são os chamado Hackers. Os Hackers são pessoas responsáveis que utiliza seus conhecimentos não para destruir, mas para descobrir coisas novas, descobrir falhas de segurança na rede de algumas empresas, desenvolver novos sistemas e etc. Normalmente os Hackers tem permissão de acessar computadores, dados sigilosos e descobrir as falhas e/ou brechas por onde passariam os Crackers.
Com a necessidade de um profissional cada vez mais completo e preparado é que em alguns países já existem 'Escolas de Hackers'. Essas instituições têm a intenção de aperfeiçoar e qualificar os profissionais dessa área tão promissora, pois a cada dia que passa os Crackers também se aprefeiçoam e novos ataques surgem.
Por: Andressa Franco

sábado, 17 de abril de 2010

Personagens do Mundo Virtual

Hackers são programadores com alto nível de conhecimento do mundo virtual, softwares e hardwares. Destaca-se o fato de que todo hacker é visto como criminoso visto que se tornaram conhecidos devido a façanhas de caráter ilegal realizadas.

Os mais famosos Hackers do mundo cometeram fraudes em empresas telefônicas. Kevin Mitnick, Kevin Pousen, Mark Abene e John Draper são figuras exemplo nessa especialização. São chamados de Phreakings. Esses homens invadiram sistemas de comunicação em diversos países e moldaram tanto o funcionamento quanto as tarifas dessas empresas a seu bom grado.

No Brasil, pouco se ouve falar em Phreaks, mas Marcos Rebitte escreveu um livro – Phreaks: Desbloqueando celulares – totalmente voltado para ensinar a burlar e invadir mecanismos bloqueados por operadoras de telefonia celular.

Em conversa com Kelvin Assis, estudante de Ciências da Computação, tomei conhecimentos de uma série de livros e estudos voltados para a prática do Hackeamento. “Todos somos Hackers em potencial. Qualquer um que conheça formas de burlar qualquer arquivo ou informação de um computador seja pessoal, do irmão ou da empresa em que trabalha é um Hacker.” Disse ele. Que tem em seu arcevo pessoal, livros que ensinam os caminhos traçados para se invadir um computador.

Os livros de Tadeu Carmona – Ataque Hacker e Segredos da espionagem digital – e um dossiê de Valeska Bielecki - The Hacker, A outra face: De invasores a protetores de sistemas – que mais me chamaram a atenção. Uma linguagem própria, nomes de difícil pronuncia, em sua maioria termos em Inglês, códigos e jargões que apenas um autodidata apaixonado pela área ou um estudioso poderia dominar. Entretanto minuciosamente descritivas, essas obras falam desde a criação de um arquivo com capacidade de se implantar silenciosamente em um sistema, até mecanismos de defesa para busca e captura desses arquivos.

Como qualquer outra ferramenta de conhecimento, saber muito sobre computadores e seu funcionamento e utilizar esse conhecimento para atos ilícitos é uma opção. O fato é: os Hackers são necessários no mundo atual, ouso dizer que são mediadores desse sistema que como qualquer outro precisa de mocinhos e vilões. Ambos os personagens dominam formas e meios de invasão e manipulação de sistemas, sejam Phreaks, Hackers ou Crackres, a grande diferença esta na intenção e utilização da ferramenta mais necessária para o homem do século XXI: O Computador.

Por Thaysa Oliveira

A informação, a cybernética e suas consequências no século XXI

Segundo a filosofia escolástica virtual é o que existe em potencia, não em ato, logo, é errôneo interligar o virtual a idéia de material não tangível. O ato de virtualizar a informação em seu sentido literal consiste em redefinir as particularidades do contexto informativo, em ocupar um espaço predeterminado para memória digital do conteúdo a ser repassado e absorvido. Nasce ai a cybercultura que consiste em nada mais do que a relação entre as tecnologias modernas e a evolução do meio informativo.

A maior característica da cybercultura é o dinamismo das informações, que se modificam e são transmitidas de forma ilimitada para todo e qualquer individuo que tenha interesse. Ou até mesmo para aqueles que não buscam determinadas informações, visto que sua transmição simultânea e sem barreiras atinge a população estimulando o conhecimento coletivo.

A informação virtual leva aos indivíduos o poder individual de interpretar o que lê ao mesmo tempo em que gera a capacidade de acesso coletivo e instantâneo de conteúdos postados na WEB. Isso resulta numa via de dois pólos convergentes que juntos causam efeitos em alta escala. Ou seja, atinge individualmente porem geram efeitos em massa.

A instabilidade do conhecimento cybernetico causa não apenas nos profissionais da área, mas também nos leitores, em seu publico alvo uma necessidade de mutação para adaptação aos novos percursos traçados pela tecnologia da informação. É necessária hoje uma adaptação dos indivíduos aos mecanismos de informação, e exige-se quase uma obrigatoriedade de aceitação aos espaços abertos, não-lineares e fluxos da informação virtualizada.

A virtualidade trouxe a tona uma questão muito considerada entre os estudiosos e altamente presente no livro de Pierre Lèvy, “O que é virtual?”, a linha frágil entre o real e o não-real. Como dito anteriormente, o virtual é real em potencia, logo, deduz-se que tudo o que não é palpável, porém tem poder de mudança na vida individual ou coletiva da sociedade torna-se real, pois os resultados são visíveis e sentidos.

A informação cybernetica, a ampliação dos sites, portais e blogs de caráter informativo exemplifica essa questão, já que o crescimento deste meio pode ser uma conseqüência da sua alta utilização.

Um meio que leva informação indiscriminada e ilimitada certamente não pode ser resumido a palavra virtual, pois hoje a possibilidade de conhecimento é de livre acesso, não se vê mais necessário um deslocamento ou busca cansativa de informações e variadas fontes, tudo se resume a um computador conectado a internet e seleção de fontes seguras online.

Toda essa facilidade é não mais do que a realização da inteligência coletiva. O acesso indiscriminado a informação capacita toda a massa populacional a um ambiente de conhecimento antes limitado a privilegiados que com meios de investimento em boas escolas e universidade. É errado dizer que o investimento em boas instituições hoje é desperdício, levanto a questão de que para os não privilegiados ocorre uma maior facilidade para incorporação no meio acadêmico e de conhecimento geral.

Falar de conhecimento e acesso a este de forma ilimitada também significa falar dos problemas que a globalização da internet causa nos indivíduos e na sociedade. Nota-se uma maior impessoalidade e grande queda da proximidade física entre as pessoas. A internet é um ambiente sem limites, um território teoricamente sem proprietário. Esta idéia gera muitas vezes a chamada desterritorialização do conhecimento, do virtual e real, dos limites de acesso ou de permanência no mundo WEB.

Conceituar território e a ausência dessa delimitação, geralmente é associar a limites estabelecidos em espaço e tempo, em geopolítica. Entretanto virtualmente as controvérsias ante a estes conceitos são muitas e constantes. Para simplificar a idéia da falta de territorialização virtual, sempre relacionada ao conhecimento, válido ou não, pela WEB, tomo emprestadas as palavras de Octavio Lanni, sociólogo brasileiro que disse: “Tudo se desterritorializa. Coisas, gente, e idéias, assim como palavras, gestos, sons e imagens. Tudo se desloca pelo espaço e atravessa a duração, revelando-se flutuante, itinerante, volante.”

Certamente a isso se resume estudar, utilizar e fazer conhecimento virtual, cybernetico, mutação, capacidade de adaptação associada ao fato de que internet e conhecimento talvez sejam mais parecidos do que se pensa, pois ambos são desprovidos de limites, não são lineares e geram mudanças sentidas, a longo ou médio prazo, tanto por aqueles que se adaptam a sua existência ou aqueles que tentam viver se ela.

Por Thaysa Oliveira